quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A falta de tempo. É isso mesmo?

Ontem, o Vince chegou da escolinha e só quis brincar. Nada de sonequinhas de 2 horas, nada de jantar, tomar banho e dormir. Ele queria brincar, queria atenção, queria colo. E eu? Eu queria tempo.
O tempo é muito relativo, afinal. Hoje, mais do que nunca, eu acredito que o uso do seu tempo seja realmente uma escolha pessoal. É importante parar um dia e pensar: Quais são as minhas prioridades?
O nosso tempo de vida é limitado, todos sabemos, dificil é tomar consciência real disso. Quando estamos fazendo algo por alguem, mais do que qualquer esforço ou dinheiro, estamos doando nosso limitado tempo. 
Então, você se pergunta? O que eu venho fazendo com o meu bem mais precioso? O que eu tenho feito com o meu tempo?
Eu trabalho em parte dele, então procuro fazer algo que eu gosto muito. Gosto do meu ambiente de trabalho, gosto de atender meus pacientes e gosto de onde trabalho também, não vou negar, porque sempre tenho um tempinho livre, que posso usar pra escrever, aqui, por exemplo, coisa que é impossível de fazer quando estou em casa.
E quando você sai do trabalho, o que faz com o seu "tempo livre"? Tenho certeza que a maioria já começou a listar as coisas que gosta de fazer. Podemos incluir ler um livro, assistir um bom filme, ir ao cinema, preparar um jantar especial, ir a academia, etc, etc, etc...
Ficar com a família, faz parte da sua lista ou você acabou de lembrar agora que eu perguntei?
E quando você " esta com a família" quanto você realmente esta com a família e quanto a família esta cada um no seu celular?
Foram essas perguntas que eu me fiz há algum tempo atras e hoje eu me esforço, não vou dizer que consigo 100%, mas eu realmente me esforço para "estar com a minha família" de verdade.
Eu desligo do celular para assistir Disney Jr e Galinha Pintadinha com o Vince sentado no meu colo. Desligo do celular para sentar no tapete para brincar com ele, desligo do celular para jantar com o meu marido, mesmo que muitas vezes, ele não desligue.
E não adianta dar desculpas: é sobre o trabalho, ou estou conversando com a minha mãe, com o meu pai, com o meu chefe, etc. Você esta ali, com a sua família, mas ao mesmo tempo, não esta.
E eu não cobro ninguem que faça o mesmo. Cada atitude em prol do outro, seja filho, esposa, marido, mãe, pai, etc... tem que ser uma decisão sua, de coração. O precioso tempo é seu, você tem que ter a liberdade de escolher com o que quer gasta-lo.
Quando estou sentada no chão, brincando com o Vince, ou simplesmente impedindo ele de se matar, subindo nas estantes, derrubando as coisas em cima de si próprio, etc... eu muitas vezes sinto vontade de terminar aquele livro que comecei há séculos e ainda não teminei, de mexer no celular e ver o que estão comentando no facebook, de conversar com a minha mãe ou minhas amigas no whatsapp, mas naquele momento, eu escolho doar meu tempo para o meu filho, enquanto ele ainda quer tanto minha atenção. Porque, afinal, esse tempo logo vai passar e ele vai entrar naquela fase individual que vai desde a adolescencia até a maturidade, quando ele tiver o seu próprio filho e perceber o quanto sente falta da mãe também e assim o ciclo vai se repetindo... 
 Por tudo isso, hoje eu acredito  que doar o seu tempo é o maior gesto de amor que você pode fazer a alguem. 

Use it well!!!

sábado, 18 de outubro de 2014

Hora de voltar a trabalhar


Quando eu fiquei gravida, de uma coisa eu  já tinha certeza, eu voltaria a trabalhar quando o Vince tivesse cerca de 4 meses. A retomada da minha rotina foi uma parte muito importante de eu me sentir bem com a maternidade. Minha independência, pessoal e financeira sempre foi muito importante pra mim. 
Pra quem, por escolha ou por necessidade, também vai deixar o filhote, pequenininho aos cuidados de outras pessoas, temos 3 opções. A escolinhas, os avós (ou outros parentes) ou babás.
 Vou deixar a minha opinião sobre cada uma dessas escolhas e as recomendações dadas inclusive pela sociedade brasileira de pediatria.

1) babás: eu acredito que existam ainda famílias em que a babá acompanha pais, filhos e netos, mas isso, hoje em dia, é bastante raro. Eu, particularmente, nunca aceitei bem essa opção, acho que deixar o meu bebezinho com um desconhecido, sozinho, dentro da minha casa, seria algo com o qual eu não conseguiria lidar, mas se essa é a sua opção, as recomendações principais são que você não deixe seu bebe sozinho com a babá desde o primeiro dia, pois a criança tem que ter um tempo para conhecer e se sentir confortável com o estranho então, é recomendado que você conviva com a baba por cerca de 2 ou 3 meses antes de deixa-lo a sós com ela. Conheça seus hábitos, crenças, nível educacional, lembre-se que a criança aprende por imitação. Monitore pelo menos alguns cômodos da casa com câmeras de segurança que possam ser acompanhadas por você via internet (sim, isso faz parte das recomendações da sociedade brasileira de pediatria!). 

2) avós: na verdade, essa opção diz respeito a todos os parentes, mas os avós são os mais comuns nessa função. Bom, a parte de segurança e carinho estão garantidos nessa opção, porem o problema se encontra na dificuldade de interação entre as mães e os parentes que cuidam da criança. Normalmente, os parentes tendem a ser mais permissivos e isso pode gerar conflitos ou situações desconfortáveis na família. A criança criada pelos parentes mais permissivos tende a ser mais manhoso e mais inseguro devido ao apego excessivo que desenvolve com os cuidadores. Não que isso vá durar para vida inteira, na maioria das vezes o que ocorre é um amadurecimento mais tardio, mas que em nada vai atrapalhar seu desempenho escolar mais tarde ou seu sucesso profissional. 

3) escolinha: essa sempre foi a minha opção. A escolinha estimula o desenvolvimento social, neuro-psico-motor e cognitivo da criança. Há um estimulo ordenado, realizado por pessoas treinadas, a criança segue uma rotina pre-estabelecida e na maioria das vezes, tem um aprendizado mais rápido, é mais independente e mais sociável. Mas há os inconvenientes e o principal deles são as infecções que invariavelmente irão acontecer em maior ou menor freqüência, podendo chegar, algumas vezes a nos fazer ter que mudar de estratégia, como ter que retirar a criança da escola, mas esses casos são menos comuns, mas é por isso que é tão importante um acompanhamento rotineiro com o pediatra, principalmente nos primeiros meses de escolinha. 

Esse é o Vinvce na escolinha, tomando mamadeira no colo da "tia Su", a "tia" que ele é mais apegado no berçario. ❤️

O mais importante, porém, é você estar satisfeita com a sua opção, seja ela por escolha sua, ou a sua única opção, tente encarar como uma nova etapa na vida do bebe, que irá proporcionar amadurecimento de ambos, e se for tratado de forma natural por você, será encarado de forma natural pelo bebe também.