sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A verdade que você acredita

É interesante como, com a maternidade, você descobre algumas forças dentro de você que antes você não conhecia e muito menos acreditava ter. 

Acho que você tem uma convicção tão forte de que precisa fazer o correto que não deixa que nada a tire do seu caminho. E é essa convicção que te faz permanecer forte, mesmo quando são contrarios a sua decisão, mesmo quando você não tenha tanto apoio no que decidiu. Se você esta convencida de que aquilo é o correto e que você esta no caminho certo, nada pode te abalar.

Por isso, agora que estou vivenciando a maternidade na pele, acredito muito mais na força de uma orientação firme e segura, para as gestantes e mães. Acredito no poder de decisão de uma mãe diante de tudo que ela acredita ser melhor para o seu filho. 

Frente a tudo que eu aprendi durante minha formação como pediatra, existem algumas verdades (não tudo, admito) que estão arraigadas em mim e eu simplesmente não permito que ninguém faça diferente, nem me deixo abater pelas reações da criança.

Não vou dizer que sempre é fácil, mas acho que, quando você tem confiança de que esta fazendo o correto, você tem força para persistir

Posso dar um exemplo: essa semana, eu fui dar o almoço para o Vince e ele abriu o maior berreiro. Jogava o corpo para trás na cadeirinha, chorava, trancava a boca. 

Eu sou totalmente contra forçar a criança a comer. Não quer comer, não come. Mas também, não vai ganhar mais nada. Ponto. Tirei da cadeirinha e coloquei no tapete com os brinquedinhos. Ele me olhou, parou de fazer birra, mas continuou chorando.

Eu sabia que ele estava com fome, que se eu desse uma mamadeira, ele ficaria feliz da vida e pararia de chorar e pronto, acabou o problema. Mas o que eu teria ensinado pra ele? Que quando ele não quer uma coisa, é só fazer uma birra, que a mamãe dá o que ele quer. Mas eu não dei. Ele tem que aprender que hora do almoço é hora de comer comidinha, não é hora de mamar. Deixei ele chorando no tapetinho, com os brinquedos dele, por mais uns 40 minutos, aí peguei de novo e fui dar novamente o papá. Ele comeu tudo, bonitinho.


Essa é a verdade que eu acredito. Eu estava convencida de que estava fazendo o correto para o meu bebê, ensinando ele que cada coisa tem o seu horário, que a rotina dele é essa e que não se pode fazer apenas o que quer,  na hora que quer. 

Não é fácil ver seu bebezinho de 8meses  chorando de fome. Não é mesmo! Mas a convicção de fazer o correto te dá forças, te dá coragem. 

A minha mãe, não conseguiu nem falar ao telefone comigo, ouvindo ele chorar, sabendo que era choro de fome. Mas quando você esta carregada de sua certeza de mãe, você passa por cima, inclusive das outras pessoas que já teriam cedido aos caprichos do bebê. 

Por isso, hoje, ainda mais do que antes, eu aredito que uma orientação firme, correta, coerente e verdadeira, ajuda muito a mãe a conseguir dar a educação que ela realmente gostaria a seus filhos. 

Então, lembre-se: você tem que confiar no seu pediatra. Não pode escolher um só porque a sua amiga indicou, ou porque ele fala o que você gostaria de ouvir. Educar não é fácil, assim como orientar a educação não é fácil. Se você confiar no que diz o profissional, vai ter convicção para passar por esses momentos dentro da sua casa. 

Boa sorte pra nós! 


Um comentário:

Unknown disse...

Difícil!!! Ainda mais para uma "avó com neura", como eu!! Mas vendo o Vince aceitar o almoço, "alegrinho de tudo", concordei com a Maira. Ainda mais por se tratar da alimentação! Se conseguirmos que ele aprenda a se alimentar de forma correta, estaremos trazendo saúde e longevidade para ele!
Fazendo um bem! Então.. que seja!! Sofremos nós, avós à antiga, com o coração repleto de açúcar por esses netos!!!