segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O pai na relação com o bebê.

Com a chegada do dia dos pais, eu pensei em um post sobre o relacionamento pai-filho. Sempre estamos tão focadas no mamãe-bebê, que esquecemos que há outro membro na família...
Fui, então, falar com o meu marido para saber como ele se sentia em relação à paternidade. 
Eu perguntei:
- amor, como vc se sentiu quando descobrimos que eu estava gravida?
 Ele parou, pensou um pouco e me respondeu: 
- surpreso.
Eu olhei para ele espantada:
 - surpreso??? Depois de 2 anos e meio tentando engravidar?? 

Acho que, naquele momento, consegui entender tudo que um pai passa também.
A mãe sente todas as mudanças, percebe o bebê crescendo a partir do crescimento de sua barriga, sente o bebê se mexer, chutar, mas e o pai?? 
Acho que existem duas imagens que se formam na cabeça de um pai, quando descobrem o sexo do bebê. Uma garotinha de marias-chiquinhas, vestida na sua roupinha de balé cor-de-rosa ou um garotinho com as roupas sujas de terra e uma bola de baixo do braço. Ambas as imagens estão muito distantes do bebê que ele recebe em seus braços no momento do nascimento. 

Assim como a mãe vai aprendendo a amar cada dia mais o seu filhote, o pai também passa por esse processo, mas de uma forma diferente, pois a mãe se sente necessária para o bebê. É dela que o bebê precisa, é em seus braços que ele se sente seguro, é seu cheiro que ele reconhece e é dela que provém seu melhor e muitas vezes, único alimento. O pai permanece ali ao lado, conhecendo o bebê, as vezes mais ativo, as vezes mais distante, cada um ao seu modo. 
Por isso, não se pode cobrar por ajuda, cobrar pela atenção do pai ao bebê. Cuidado com o bebê não é como um afazer doméstico onde a mulher muitas vezes pede uma ajuda ao marido, para tirar um pó, ou lavar uma louça. Cuidado com o bebê exige afeto e dedicação. Exige carinho. O carinho, a ligação entre pai e filho esta se formando e cada pai tem o seu tempo para firmar esse vínculo. É importante que a mãe também respeite o tempo do pai. Quando algo é feito por obrigação ou cobrança, não é feito com carinho e pode atrapalhar no desenvolvimento do tão importante e tão delicado vínculo pai-filho. 
Com o tempo, o próprio pai vai se sentindo cada vez mais à vontade com o bebê, o afeto cresce, e a dedicação aos cuidados com o bebê cresce com ele.
Cada pai expressa o amor pelo filho a seu modo, o importante é ter tempo e espaço para desenvolver e expressar esse amor. A mãe tem que deixar que isso aconteça naturalmente, não forçando, mas também, não inibindo. Quando o pai quiser desenvolver uma atividade ou um cuidado com o bebê, mesmo que você, como mãe, saiba que você realizaria a mesma tarefa, com mais agilidade ou até mesmo, que você imagine que entende melhor o jeito do bebê, como ele gosta que seja feito tal cuidado, dê espaço. Deixe que o pai faça, do jeito dele, apoiando a construção do afeto e da ligação entre o pai e o bebê. 

Com tempo e paciencia se constroi uma relação harmoniosa entre todos os membros da familia, o que é fundamental para o desenvolvimento da criança e como ela será preparada para a vida. 

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