segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
É preciso atenção às crianças.
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
O desenvolvimento da fala - com texto da minha querida amiga Simone, fonoaudióloga.
Gente, outro dia uma mãezinha aqui do Blog me pediu pra falar sobre o desenvolvimento da fala do bebe, e eu optei por chamar alguém que realmente entende do assunto, pra falar sobre isso.
Chamei minha amiga Simone, que é fonoaudióloga, pra explicar pra gente sobre como a fala se desenvolve e como os pais devem agir diante dos filhos pequenos.
Vamos conferir o que ela escreveu:
"A FALA
Você já deve ter ouvido “O filho da fulana começou a falar com tantos anos” ou “Fulaninho é mais novo que o seu e fala tudo certinho”...
Em primeiro lugar, temos sempre que considerar o ritmo de cada criança!
Não é porque o filho do vizinho tem 2 anos e já fala “Eu quero chupeta”, que o seu também precisa falar do mesmo jeito!
O segredo mais importante, em qualquer idade é: SEMPRE DÊ O MODELO CORRETO DA FALA.
Mas sempre mesmo!!! Quando está dando banho, comida, brincando...SEMPRE!!! É bonitinho falar como eles: “bebê quer pepeta”, “bebê quer tete”, “mamãe vai bincarnenê”... Mas não ajuda em nada no processo de aquisição da fala.
Porque é esse o modelo que ele tem! E isso não é a fala correta! E se você continuar repetindo as coisas do jeito dele, provavelmente você será mais uma mãe no consultório fonoaudiológico a espera de um milagre instantâneo! E as coisas não são assim! Mudar hábitos faz-se necessário para o bom desenvolvimento da criança, de modo geral, mas quando essas mudanças dependem, inicialmente, dos pais, temos que ser rigorosos. Pois os pequenos passam grande parte do dia na escola. No tempo contadinho que temos com eles, precisamos ser o melhor de todos os modelos que o cercam, nas atitudes, carinhos, conforto, e principalmente, na fala. É o que você faz, o que você fala que ele vai começar a imitar.
As crianças iniciam sua comunicação com o choro, e vão se aperfeiçoando a medida que percebem que estão sendo compreendidas. Balbuciam, falam um “enrolês” olhando para você como quem diz “entendeu o que falei?”, apontam e esbravejam quando percebem que não são compreendidas também!
Quanto a apontar para as coisas quando querem, o ideal é que os pais, professores ou cuidadores, apesar de sempre entenderem o que a criança está querendo, descrevam oralmente a situação. Por exemplo: A criança olha em cima da mesa e vê um caminhão. Aponta fazendo som“humm”. Não atenda de primeira, pois isso fará com que ela não se esforce para vocalizar o que está querendo. É claro que você já terá entendido o que ela quer, mas pergunte “O que você quer?” Ela vai apontar novamente, aí complete “Ah, você quer o caminhão?” Ela vai fazer uma “carinha de sim”, aí sim você pode completar a ação entregando-a o brinquedo.
Mas isso tem que ser feito sempre. SEMPRE!
Como toda criança em processo de aprendizagem, ela vai precisar de repetição. E as vezes, muitas repetições! Mas não desista! É um esforço que vale a pena, e depende, inicialmente de nós pais, e só! Você vai se orgulhar quando ele fizer a primeira tentativa de falar o que você já repetiu pra ele tantas vezes!
Ah! E jamais faça disso uma exigência do tipo “Se você não falar certo, não vou te dar o caminhão.” Isso só faz com que a criança se afaste das tentativas de comunicação. Fale sempre o correto, pois ouvir já é boa parte do caminho!
E quando devemos procurar uma fono?
Como mãe e fono, sou da opinião que o quanto antes melhor! Alguns pediatras orientam para esperar até uns 5 anos...particularmente, não concordo! Pois existem trocas fonêmicas simples que podem ser adequadas antes dessa idade, apenas orientando a família.
É claro que uma criança de 1 ano e meio, por exemplo vai falar sílabas e aos poucos vai juntando. Uma criança de 2 anos e meio já consegue formar frase, mesmo que com trocas fonêmicas, do tipo “dá bóia” (dá bola). Essas trocas são normais porque as crianças adquirem os pontos articulatórios aos poucos! Mas é importante que não permaneçam muito tempo. Se uma criança de 4 anos disser “dá bóia” para “me dá a bola”, já é preocupante. Pois ela já é capaz de formar frases mais elaboradas e sem trocas na fala. Isso se a família for colaboradora e essas trocas não fizerem parte da rotina dela. Por isso é importante a avaliação fonoaudiológica, pois a profissional vai conseguir mensurar a necessidade de haver a terapia ou apenas orientações esporádicas com a família."
Simone Vianello Bastazini Aguiar
Fga. Especialista em Voz - CRFa. 13335
Essa é a minha amiga querida, de looonga data, Simone e o filhote fofo dela, o Caio.
Obrigada, Si!!!
Bjos.
terça-feira, 18 de novembro de 2014
Lidando com as birras
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
A lagarta, o casulo e a borboleta
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
A falta de tempo. É isso mesmo?
sábado, 18 de outubro de 2014
Hora de voltar a trabalhar
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Mais ensinamentos com a maternidade
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
E o bebê ficou dodói
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
Birras... mas já?!
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Noites mal dormidas... E a culpa era minha!
sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Visitando um recém-nascido
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Quando a saude do pequeno não vai bem
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Estou fazendo tudo errado :(
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
"Esterilizando" o bebê
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
A verdade que você acredita
Acho que você tem uma convicção tão forte de que precisa fazer o correto que não deixa que nada a tire do seu caminho. E é essa convicção que te faz permanecer forte, mesmo quando são contrarios a sua decisão, mesmo quando você não tenha tanto apoio no que decidiu. Se você esta convencida de que aquilo é o correto e que você esta no caminho certo, nada pode te abalar.
Por isso, agora que estou vivenciando a maternidade na pele, acredito muito mais na força de uma orientação firme e segura, para as gestantes e mães. Acredito no poder de decisão de uma mãe diante de tudo que ela acredita ser melhor para o seu filho.
Frente a tudo que eu aprendi durante minha formação como pediatra, existem algumas verdades (não tudo, admito) que estão arraigadas em mim e eu simplesmente não permito que ninguém faça diferente, nem me deixo abater pelas reações da criança.
Não vou dizer que sempre é fácil, mas acho que, quando você tem confiança de que esta fazendo o correto, você tem força para persistir.
Posso dar um exemplo: essa semana, eu fui dar o almoço para o Vince e ele abriu o maior berreiro. Jogava o corpo para trás na cadeirinha, chorava, trancava a boca.
Eu sou totalmente contra forçar a criança a comer. Não quer comer, não come. Mas também, não vai ganhar mais nada. Ponto. Tirei da cadeirinha e coloquei no tapete com os brinquedinhos. Ele me olhou, parou de fazer birra, mas continuou chorando.
Eu sabia que ele estava com fome, que se eu desse uma mamadeira, ele ficaria feliz da vida e pararia de chorar e pronto, acabou o problema. Mas o que eu teria ensinado pra ele? Que quando ele não quer uma coisa, é só fazer uma birra, que a mamãe dá o que ele quer. Mas eu não dei. Ele tem que aprender que hora do almoço é hora de comer comidinha, não é hora de mamar. Deixei ele chorando no tapetinho, com os brinquedos dele, por mais uns 40 minutos, aí peguei de novo e fui dar novamente o papá. Ele comeu tudo, bonitinho.
Essa é a verdade que eu acredito. Eu estava convencida de que estava fazendo o correto para o meu bebê, ensinando ele que cada coisa tem o seu horário, que a rotina dele é essa e que não se pode fazer apenas o que quer, na hora que quer.
Não é fácil ver seu bebezinho de 8meses chorando de fome. Não é mesmo! Mas a convicção de fazer o correto te dá forças, te dá coragem.
A minha mãe, não conseguiu nem falar ao telefone comigo, ouvindo ele chorar, sabendo que era choro de fome. Mas quando você esta carregada de sua certeza de mãe, você passa por cima, inclusive das outras pessoas que já teriam cedido aos caprichos do bebê.
Por isso, hoje, ainda mais do que antes, eu aredito que uma orientação firme, correta, coerente e verdadeira, ajuda muito a mãe a conseguir dar a educação que ela realmente gostaria a seus filhos.
Então, lembre-se: você tem que confiar no seu pediatra. Não pode escolher um só porque a sua amiga indicou, ou porque ele fala o que você gostaria de ouvir. Educar não é fácil, assim como orientar a educação não é fácil. Se você confiar no que diz o profissional, vai ter convicção para passar por esses momentos dentro da sua casa.
Boa sorte pra nós!