domingo, 13 de julho de 2014

Cadê eu?? - quando a vida vai voltando ao normal.

 Esse foi outro momento complicado após o nascimento do Vincenzo. Eu falava pro meu marido que o bebê ia nascer e tudo ficaria igual, a gente continuaria fazendo tudo que estávamos acostumados a fazer, era só levar o bebê. 
 Então... Não foi bem assim.
 No comecinho da vida do bebê, nos primeiros dois meses mais ou menos, ele precisa de muitos cuidados, muito empenho e dedicação. E chora. Nossa, como chora! 
 Eu e meu marido sempre fomos muito companheiros, em casa não tem: "amor, passa no mercado e traz a janta?". Aqui é: "amor, vou passar em casa, te pegar e vamos juntos no mercado comprar a janta."
 Quando o bebê chegou, não dava pra mais pra fazer assim, porque, depois que o bebê dorme, nessa fase, você não quer que ele acorde, pra vocês poderem ir juntos comprar a janta. E sempre um acabava indo sozinho... Pode parecer bobagem, mas isso representa a mudança da rotina do casal com a chegada do bebê e nem sempre é fácil de enfrentar.
 Infelizmente, para esse problema, não existe uma solução pediátrica, não existe uma saída, a não ser, o famoso "dar tempo ao tempo". 
 Nos primeiros meses de vida do bebê, nos dois primeiros, principalmente, o bebê não tem quase nenhuma interação com o ambiente nem com os pais, e com isso, os pais ficam exclusivamente na função de cuidadores, alimentando, limpando e acolhendo o bebê, mas a resposta dele é apenas um soninho tranquilo, ou o silêncio. Sim, o silêncio. Quanto mais conseguimos suprir as necessidades do bebê, menos agitado ele precisa ficar e você vai descobrir como o silêncio é bem-vindo.
 Passados esses dois primeiros meses, o bebê mais maduro vai começar a interagir mais com as pessoas e com o ambiente ao seu redor, ele já se entretém com móbiles, a maioria gosta de musicas, e a mãe começa a ter um pouco mais de tempo para si mesma. 
 Com quatro meses, minha vida já estava de volta! Com cerca de 3 meses e meio depois do parto, voltei a trabalhar, o bebê foi dormir no quarto dele, minhas noites melhoraram muito, eu já não tinha cara de zumbi no outro dia. 
 Eu sempre tive em mente que as coisas precisam ser planejadas para darem certo, lógico que eu tinha muita vontade de levar meu bebê pra minha cama, de pegar ele no colo quando chorava no meio da noite. E fazer adormecer no meu colo, então?! Nossa, é tão gostoso, e depois você pensa: até quando ele vai querer dormir no meu colo? Daqui a pouco é um mocinho, um homem, e eu vou ter perdido essa fase. Por isso que eu falo que cada família tem sua dinâmica, eu queria minha vida de volta, queria que o Vince se encaixasse na rotina que tínhamos antes dele nascer, mas isso não é uma verdade absoluta. 
 Algumas dicas que eu dou são recomendações pediátricas, como os fatores de proteção e risco para morte súbita, outras são apenas como eu apliquei o que eu sei sobre crescimento e desenvolvimento dos bebês, para conseguir a rotina que tenho hoje. 
 Hoje em dia, o Vincenzo esta com 7 meses, vai todos os dias para a escolinha, eu trabalho fora, meu marido trabalha fora, conseguimos levar ele para restaurantes sem ter que ficar passeando com ele pelo local, conseguimos sentar pra tomar um vinho na sexta a noite, depois que ele dorme e conversar a noite, antes de dormir, no nosso quarto, porque sabemos que ele esta dormindo tranquilo no quartinho dele. E também aproveitamos muito o tempo com ele quando estamos em casa, antes da hora de dormir, sentando no chão com ele para brincar. Mas, isso era o nosso objetivo, como eu disse, cada família tem a sua estrutura, nada esta totalmente certo ou totalmente errado. 

Olha aí o Vince no restaurante, final de semana passado!!! 
Vamos tirar as caraminholas da cabeça. Pra mim, deu certo assim, pra você esta dando certo de forma diferente? Ótimo!! Que tal compartilhar com a gente o que esta dando certo na sua casa?? Com certeza tem um monte de gente querendo umas dicas!!!! 
Bjão. 

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