segunda-feira, 7 de julho de 2014

Os cuidados na Maternidade.

Bom dia, mães!!! Hoje vou falar de algo um pouco mais técnico, algo que eu costumava falar nos cursos de gestantes que eu ministrava há alguns anos atrás e que acho muito importante e por isso resolvi comentar.
Ao ver o seu bebê pela primeira vez, ainda na sala de parto, busque por alguma característica especial, que o identifique de imediato: um nariz de batatinha, um monte de cabelos ou uma carequinha, uma manchinha ou marquinha especifica, para que isso facilite para você identificá-lo quando o trouxerem de volta para você.
Não se sinta diferente dos outros, nem pense que você jamais confundiria o seu bebê. Bebês são muito parecidos ao nascimento, e se isso não acontecesse, não teríamos nenhuma troca de bebês nas maternidades, não é mesmo?! E essas trocas são mais comuns do que imaginamos...
O seu bebê tem que ser identificado por pulseirinhas assim que nasce, ainda dentro da sala de parto, preste atenção na pulseirinha quando a enfermeira vier te mostrar! Veja se seu nome esta escrito de forma correta e legível, para que não haja nenhuma confusão posterior.
Dependendo da Maternidade que você estiver internada, principalmente se for um hospital-geral, público ou privado, podem haver muitas pessoas - muitas mesmo - de diversas áreas, trabalhando e estudando nesse hospital, desde técnicas e auxiliares de enfermagem, enfermeiras- padrão, médicos, fonoaudiólogas, fisioterapeutas, psicólogas, entre outros profissionais e os estudantes e estagiários de todas essas áreas, então, cuidado. Sempre que alguém entrar no seu quarto, verifique se há alguma informação em seu uniforme ou jaleco, se a pessoa não se identificar (o que é errado), pergunte quem ela é. Se a pessoa pedir para levar o seu bebê, pergunte para que e para onde, como eu disse são muitas pessoas diferentes circulando por um hospital e nem sempre há um controle muito rigoroso da entrada e saída dessas pessoas.
Outro ponto a prestar atenção é na realização dos 4 testes de rotina do recém-nascido, que são: teste do pezinho, teste da orelhinha, teste do olhinho e teste do coraçãozinho. Todos os bebês tem que realizar esses quatro testes logo ao nascimento, ou nos primeiros dias de vida. Em muitos hospitais, todos são realizados durante as 48h de internação, mas se o hospital que você estiver internada eles não realizarem, eles tem que ao menos te encaminhar para a realização desses exames, na alta da Maternidade.
Vamos saber um pouco de cada um deles:
1) Teste do Pezinho: na verdade, é um exame de sangue, onde este é retirado, em forma de gotinhas da região do calcanhar, por esta ser uma região bastante vascularizada e por isso, ser de mais fácil coleta, não sendo necessário "pegar uma veia" do bebê. Nesse teste são investigada várias doenças, como fibrose cística, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme, entre outras. Mas, esse não é um exame para ver a presença de nenhuma síndrome genética, como Sd de Down, e nem é utilizado nenhum tipo de contraste para a sua realização. O teste do Pezinho feito pelo SUS é de graça e obrigatório por lei em todo território nacional, mas existem outros testes que são pagos e pesquisam mais doenças, que também são mais raras que as pesquisadas no teste do SUS.
2)  Teste da Orelhinha: é um teste de acuidade auditiva realizada pela Fonoaudióloga.
3) Teste do Olhinho: não é um exame de acuidade visual. O exame é simples e vai verificar a presença do reflexo vermelho, semelhante ao que acontece quando vemos que o olho sai vermelho em fotografias. Isso acontece porque as estruturas do olho são transparentes e podem ver o reflexo dos vasos sanguíneos ao fundo da estrutura ocular, quando há algum obstáculo nesse eixo visual, esse reflexo não ocorre e a criança deve ser encaminhada para o especialista. Muitas doenças oculares quando detectadas ao nascimento tem um prognóstico muito bom.
4) Teste do Coraçãozinho: esse teste pode ser realizado pelo pediatra ou pela enfermagem, e serve para identificar problemas cardíacos potencialmente graves que podem não ser identificados pelo exame clínico de rotina.
Lembre-se, todo o cuidado é pouco com o seu bebezinho, mas sempre com bom-senso e sem neuras!



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